A gravidez é um período de mudanças fisiológicas rápidas e profundas, desde o momento da concepção até o momento do nascimento. As necessidades nutricionais aumentam durante a gravidez para manter o metabolismo materno, acúmulo de tecido, apoiando o crescimento e desenvolvimento fetal.

A ingestão insuficiente (ou deficiências) nos principais macronutrientes podem, portanto, ter um impacto substancial nos resultados da gravidez e na saúde do neonatal. Cada vez mais evidências sugerem que os efeitos da nutrição fetal podem persistir até a idade adulta, com possíveis efeitos intergeracionais.

A ingestão adequada de energia e nutrientes é fundamental na gravidez e deve começar antes da concepção e continuar ao longo da gravidez para atender as necessidades maternas usuais, enquanto estabelece os estoques necessários para o desenvolvimento fetal e para a lactação.

As necessidades de vários nutrientes aumentam durante a gravidez para atender as demandas maternas e fetais, que muitas vezes excedem aquelas atendidas por adaptações fisiológicas, sendo necessária uma maior ingestão para atender a essas demandas.

A ingestão equilibrada de energia e proteína é recomendada, levando em consideração o IMC pré-gravidez e metas indivualizadas para ganho de peso gestacional.

O conhecimento nutricional durante o período gestacional, portanto, não determina somente os desfechos maternos, mas também os fetais. Afinal, mãe e feto são interligados.

Logo, o cuidado durante o pré-natal deve ser contínuo. Do ponto de vista das necessidades nutricionais, o primeiro trimestre não está separado do segundo, que não está separado do terceiro. Além disso, é durante o pré-natal que realizamos o estoque necessário para que esse feto, ao sair do ambiente intrauterino nutrido pela placenta, tenha condições de sobrevivência no ambiente externo através dos produtos e nutrientes oriundos da lactação.